Sextou com mais uma edição do #Plus, dessa vez para finalizar o nosso especial do Studio Ghibli.
Sem muita enrolação, hoje iremos falar sobre um dos meus filmes favoritos do Studio e também um dos mais conhecidos do mesmo, ao menos é essa a impressão que tenho dentro de minha bolha social, iremos falar hoje sobre ‘Meu Amigo Totoro’.
Caro leitor, gostaria de deixar claro que ao contrário das últimas duas edições, essa é uma reflexão totalmente pessoal de minha parte, ao assistir ao filme me recordei de memórias de minha infância que gostaria de partilhar com você.
Além disso, esse texto é uma singela homenagem aos meus avós maternos, já falecidos, minha tia, meu irmão e meu pai que tornaram todas essas memórias possíveis.
Agora que você já foi introduzido ao que será esse texto, vamos finalmente dar o ínicio a mais essa edição.
Sinopse:
A histŕoia nos apresenta uma família que está se mudando para uma nova casa, para desta forma estarem mais próximas da mãe que se encontra internada, por uma doença que não é citada durante a narrativa mas também não é o tema central aqui.
Nessa nova casa no campo, as irmãs Satsuki e Mei conhecem uma criatura chamada Totoro, que é um dos espíritos da floresta, e através dessa inusitada amizade, a nova vida no campo se tornará algo mais mágico.
Agora que você já conhece a premissa desse longa, vamos ao que o filme trouxe para mim.
A Partir daqui, tenho a obrigação de te informar que sim, o texto conterá alguns spoliers que podem ou não atrapalhar um pouco de sua experiência, caso você ainda não tenha assistido, mas me comprometo a tentar ao máximo não estragar sua primeira experiência ao assistir.
Bem, vou só falar de um pequeno aspecto que notei, que não faz parte de nenhuma memória minha, mas achei super válido falar.
A forte inspiração em clássicos da literatura são bem visíveis, seja quando Mei entra na floresta e encontra Totoro pela primeira vez e logo após, juntamente aos seus familiares, tenta refazer o caminho mas não obtém nenhum sucesso na busca de reencontrar as mágicas criaturas.
E se você conhece as Crônicas de Nárnia, mais precisamente a crônica ‘O Leão e a Feiticeira’, nessa parte irá se lembrar de quando Lúcia entra em Nárnia pela primeira vez pelo armário e ao voltar, juntamente aos seus parentes, tudo que encontram é um simples armário comum.
Isso juntamente, a personagem Vovó, dizendo que quando tinha a idade das irmãs, também conseguia ver algumas dessas criaturas, o que também me fez me lembrar da mesma crônica citada anteriormente.
Outra referência à literatura, ao menos em minha visão, é o “gato ônibus”, que através do designer de seu rosto, me fez lembrar o Gato de Cheshire de Alice nos País das Maravilhas.
Agora vamos a parte inteiramente pessoal do texto.
Quando eu era apenas uma criança, eu, meu irmão, minha tia e meus avós maternos fazíamos algumas viagens de carro, seja para ir até a casa de outros parentes ou para ir em algum parque da Serra dos Órgãos, na região serrana do RJ.
Sempre em nossas idas e vindas, minha avó brincava com a ideia de duendes e outras criaturas mágicas, viviam naquele trecho de vegetação e eu como criança, totalmente iludida com tais falas de minha avó, sempre afirmava que via os mesmos por todo o caminho.
Meu irmão e minha tia por sua vez, apesar de eles poderem hoje em dia querer negar tais afirmações, diziam que não conseguiam ver ou que queriam ver, me recordo até mesmo de uma das viagens eles dizerem para mim que aquilo tudo era uma grande balela.
Me lembro também de estarmos dormindo no apartamento desses meus avós, ao qual ficava próximo a um rio e sempre a ter enchentes, minha avó nos acordava com grande festa para vermos aquele evento e de alguma maneira, participar dele.
Além desta, me lembro de momentos em que tivemos diversos problemas familiares, principalmente com minha mãe e apesar de sermos pequenos, meu irmão sempre estava lá, dando seu máximo para cuidar de mim, quando eu não era capaz do mesmo.
Lembro dos dias em que meu pai trabalhava até mais tarde, para conseguir dar a eu e meu irmão tivéssemos as coisas, além do básico, as coisas que gostávamos de comer e até mesmo para termos nossos momentos de lazer, seja com jogos, alugando um VHS/DVD na locadora e até mesmo dar umas voltas pela cidade e comer um lanche.
Você pode estar se perguntando: “mas o que isso tem haver com o filme em questão?”
Com todo o prazer do mundo eu te respondo: Tem tudo haver, meu caro leitor.
Assim como em ‘Meu Amigo Totoro’, após Mei ver Totoro pela primeira vez, sua irmã também diz que gostaria de ver a incrível criatura.
Também vemos a parte que Totoro aparece, na então plantação das meninas, com grande festa faz aquela plantação se tornar uma árvore e para as crianças, aquilo se torna um motivo de grande alegria.
O pai das irmãs, também trabalha até tarde e às vezes até fora de casa, dá o seu máximo para dar a suas filhas uma “boa vida”.
Este, é um dos meus filmes favoritos do Studio ghibli, pois para mim, esse é um grande convite para retornar a infância, nem que seja por apenas 1h 30 min, onde apesar da vida não ser tão fácil, mesmo naquela época, foi onde tive incríveis memórias e foi através de tudo que me aconteceu, que me transformou em quem sou hoje e também por causa destas, estou aqui escrevendo esse texto para vocês.
Eu já perdi meus avós maternos, mas sempre irei lembrar deles com imensa alegria e gratidão, pois sei que aproveitei ao máximo enquanto ainda os tinha comigo e se posso te deixar uma mensagem para você que me acompanhou até aqui é, aproveite as pessoas que você ama e que também te amam.
Aproveite cada momento com elas, para assim criar diversas de suas melhores memórias para, assim como eu, você lembrar destas pessoas sempre com enorme alegria e gratidão por cada momento passado por vocês.
Esse foi o #Plus dessa semana, caso você tenha lido até aqui, agradeço por sua paciência ao ler e espero que você tenha gostado do que leu.
Mas esse quadro não fica por aqui, clica aqui para você cair na página do O Fabuloso destino, onde a Carol falou sobre o filme ‘O Serviço de Entregas da Kiki’, que também pertence ao Studio Ghibli.
Ahhh, Carol, eu tenho certeza que você leu até aqui então, gostaria de agradecer por essa incrível viagem proposta por você no especial do Plus deste mês. Para você, o meu muito obrigado mais que especial por me levar a obras tão magníficas.
Nós do POP ficamos por aqui, até a próxima meus queridos e queridas leitoras.