Cruella - Review

 

O live-action ‘Cruella’, estrelado por Emma Stone já se encontra disponível e nesse texto iremos falar sobre nossa opinião sobre a nova produção da Disney. 

Sinopse:


Este que se trata da “história de origem” da vilã Cruella Devil, nos apresenta a personagem ainda em sua infância, com algumas tragédias e onde também somos apresentados a dupla Jasper e Horácio, ainda crianças, e o fofo Buddy, cachorro da até então Estella.


Após um avanço temporal, vemos agora esses personagens adultos, fazendo o que é necessário para sobreviver. Em seu aniversário, Estella ganha um presente de Jasper, um emprego na Liberty, uma grande loja de roupas, e lá é onde conhecemos a personagem Baronesa.


Já em seu primeiro encontro, Estella ganha a atenção da Baronesa, mas suas relações futuras são repletas de muitas revelações que levam a Estella deixar Cruella tomar o controle e começa então aí um elegante disputa entre as duas.


Meu caro leitor, como sempre, venho avisar que tentarei não dar nenhum spolier que possa vir atrapalhar sua experiência, mas por esse texto se tratar de uma review, será inevitável falar de alguns acontecimentos.


Bem, você foi avisado, continuar a leitura desse texto é  por sua conta em risco.


Vamos lá…


Eu não sei nem ao menos por onde começar a falar desse maravilhoso filme, sendo que cada parte dessa produção se trata de um espetáculo à parte e que juntos conseguem fazer um espetáculo ainda maior e te cativar do início ao fim.


Vou começar então falando sobre Emma Stone, a principal atração e que não decepciona em nenhum momento em que está em tela. Sua atuação é imponente, marcante e cativante, mesmo quando a mesma está se utilizando apenas do olhar, quando ela está presente, até mesmo desfoca um pouco os coadjuvantes ali presentes.


Todas as suas aparições como Cruella e também como Stella, fazem com que seus olhos não desgrudam dela e  isso faz até com que você não perceba alguns problemas técnicos que ocorrem no filme.


Seu jeito afrontoso e independente te encantam e caso você, por algum motivo (talvez loucura?) achou que a interpretação de Emma como Cruella deixaria a desejar, venho te dizer que você está extremamente enganado e fico extremamente feliz por isso.


Outro ponto alto em toda produção é a química na atuação de Emma, Joe Fry (Jasper) e Paul Walter (Horácio), que representam o trio principal e que trazem aos personagens o real sentimento que aqueles se conhecem a anos e que realmente se consideram uma família.


Tal interação fica ainda melhor, quando os 3 estão contracenando e tem a fofa participação dos cachorros que trazem um excelente alívio cômico.


Ahh, não poderia me esquecer de falar do melhor coadjuvante que nos é apresentado nesse filme. Se você chutou que eu falaria do segurança que fala francês, você está completamente certo.


Bem, seu nome não é citado na produção e eu infelizmente não encontrei o nome do ator que o interpreta, mas as poucas cenas que o mesmo aparece, mesmo quando está contracenando com Emma, consegue ser simplesmente espetacular e consegue te trazer boas risadas. 


Outra excelente escolha por parte da produção é o figurino que encanta até mesmo aqueles que, assim como eu, não são tão ligados à moda.


Algo que logo pelo início me saltou aos olhos foi que a jovem Estella, estava calçada de um par de All Star e eu pensei “pera, All Star em 19769?” e meus queridos leitores, caso você não soubesse dessa curiosidade, tais tênis estão no mercado desde 1917.


Este foi um fato, que realmente me impressionou, por não ser um erro como o de nosso querido Gandalf que também utilizou um par em meio a Terra Média.


Sobre a trilha sonora, a escolha sem dúvidas não contei nem um erro e a maneira em que a mesma é inserida durante a narrativa, só nos ajuda ainda mais na imersão ao assistir.


Se você gosta do longa ‘O Diabo Veste Prada’,  não tenho a menor dúvida de que irá gostar dessa produção, mas calma, não digo isso por serem filmes iguais, apenas são utilizados os mesmos arquétipos em Cruella.


Você provavelmente, ao assistir, irá se lembrar de diversas produções que tem como sua temática principal a moda, mas Cruella pega todos os clichês que você possivelmente já viu nestas produções e os executa com maestria e quando um clichê é bem executado, quem reclama?


Agora vamos a algumas referências literárias, que ao menos ao meu olhar foram referências ao quais você pode interpretar de uma maneira totalmente diferente das que citarei abaixo.


Bem, essa parte conterá spoilers então eu recomendo que você pule essa parte caso não tenha assistido ainda.


O vestido em chamas de Katniss Everdeen.


Se você já leu a icônica obra de Suzanne Collins ou sua adaptação, provavelmente irá lembrar dessa cena do primeiro livro/filme

Na apresentação de Katniss Everdeen, como participante daquela edição dos jogos, aparece com um vestido e quem após entrar em chamas, se transforma em algo novo e deslumbrante.


Em ‘Cruella’ nós temos algo parecido e ainda assim algo glorioso. Assim que Cruella se apresenta ao público pela primeira vez, na festa da Baronesa, a mesa incendeia o seu vestido, trazendo a nós um visual de cair o queixo.


Referência a Sherlock Holmes

Outra grande referência, foi para Sherlock Holmes ou melhor dizendo, a Morte de Sherlock Holmes, escrito por Conan Doyle e publicado no ano de 1983.


Nessa história, somos apresentados ao arqui-inimigo de Sherlock, o personagem conhecido como O Professor Moriaty e em seu embate final, ambos caem nas cataratas Reichenbach, mas devido a toda a reclamação dos fãs, Conan Doyle, criou uma história para explicar como o personagem sobreviveu a queda.


Ao fim do longa, a cena é referenciada com a conclusão da vingança executada por Cruella que é empurrada no penhasco e sobrevive com um plano já esquematizado para a “derrota” da Baronesa.


Eu gostaria de nessa review só poder falar bem do longa, mas infelizmente o teve um problema técnico que me saltou os olhos e em alguns pontos chegou a atrapalhar a minha experiência.

É notável os momentos em que a gravação é feita sem utilização de nenhum equipamento, somente a câmera no ombro.

Nesses momentos vemos a câmera tremendo, tirando o teto da imagem e acabando até mesmo cortando a cabeça dos atores e a longo prazo chegou até a me deixar meio tonto.

Apesar de alguns problemas técnicos, sendo isso inevitável em qualquer produção, isso é algo que não tira o brilho que a produção possui, sendo suas qualidades muito maiores do que seus defeitos.


Vale a pena se aventurar no longa, você com certeza não irá se arrepender de se aventurar em Cruella.


Nota: 4,5/5

 











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