A Família MItchell e a Revolta das Máquinas, a nova animação da Netflix, já está disponível e hoje, iremos fazer nossa review sobre a mesma.
Esse texto possui leves spoilers, mas nada que venha comprometer sua experiência ao assistir ao filme, visto que nossa intenção é somente te levar a conhecer tal produção e nossa experiência ao assistir.
Sua história
Logo no início, somos apresentados a uma família que tem como seus membros, pessoas diferentes e esquisitas, caso você venha a comparar aos padrões do bem visto pela sociedade, e claro, essas diferenças trazem uma série de discordâncias entre os mesmos, seguindo bem o clichê de outras produções.
Logo após a apresentação destes e seus conflitos, Katie, filha mais velha, e aceita para a faculdade de seus sonhos e assim, acredita que finalmente irá estar em sua tribo, onde será aceita de seu jeito
Mas em uma busca de se reconectar com sua filha, Rick cancelou a viagem de avião da mesma para a faculdade e decidiu que aquilo se tornara uma viagem em família.
Devida a essa decisão, a família embarca em sua viagem, tendo um início bem convencional, até que quando eles menos esperam, o apocalipse robô tem início, tornando essa viagem até a faculdade em uma viagem totalmente inusitada
Até mesmo para os olhares mais desatentos, fica claro as mensagens que A Família MItchell e a Revolta das Máquinas, quer passar, então vamos a elas.
A primeira delas, e acho que a mais importante, é…. bem, se você pensou que e tratar seus eletrônicos e os assistentes virtuais bem, você acertou. Toda a narrativa é baseada em um desenvolvedor, que já havia criado um excelente assistente virtual, mas que deseja evoluir sua criação e acaba desprezando sua obra original.
Essa foi uma das partes que mais fez recordar de Toy Story 1, com toda a revolta dos brinquedos para com Sid, quem não se lembra da icônica frase do Woody?
“Nós brinquedos vemos tudinho…. ENTÃO BRINQUE DIREITO”
Então por favor, se você é um desenvolvedor ou apenas um usuário comum, trate bem seus eletrônicos, não queremos vivenciar uma revolta das máquinas como as apresentadas.
Outro assunto abordado, é toda a questão relacionada a família, apesar de que você já deve ter imaginado que esse assunto é abordado, mas é de uma forma incrivelmente bem construída de maneira que facilmente, você irá se identificar com algumas das questões familiares que são tratadas.
Quem nunca sentiu que a família não entende seus sonhos e até mesmo não os apoia? Esse é um dos temas mais bem representados através da relação de Katie com o seu pai Rick, ao qual ambos parecem constantemente falarem “línguas” diferentes e isso só dificulta ainda mais a comunicação entre os dois.
Outro dos assuntos tratados é a maneira que uma família, a princípio, disfuncional conseguem superar todas as suas diferenças e se tornar a família que irá salvar o mundo.
O desenvolvimento dos Mitchell como uma família é algo que te fará dar boas risadas, te fazer chorar e fazer você ficar apreensivo, mas não há nada melhor do que ver o amadurecimento nos relacionamentos entre eles durante a produção.
Família Mitchell e a Revolta das Máquinas, é uma animação que não tem medo de ser o que é, por conta disso, consegue explorar diversas das possibilidades que uma animação pode explorar.
O resultado de toda essa exploração é uma história, que apesar de vários clichês presentes, consegue entregar algo inovador e extremamente divertido de ser ver, sozinho e com a família.
E claro, não poderia deixar de falar sobre uma das maiores críticas que o filme faz, a uma sociedade totalmente dependente de seus smartphones, ao ponto de não se olharem nem mesmo em um jantar familiar, juntamente a dependência total de estar conectado a internet o tempo todo, sendo até esse uma das ferramentas dos robôs aterrorizarem os humanos, desligando o Wi-Fi mundialmente.
Terminei o filme com o sentimento de que esse pode ser um dos concorrentes ao Oscar de Melhor Animação e mesmo que não ganhe, como dizemos por aqui, o importante e que ganhou meu coração haha
Se você ainda não assistiu ao filme, tire um tempo para prestigiar e você não irá se arrepender!
Nota 5/5