Superman e A Grande Depressão: O renascimento da esperança

Olá amantes da cultura POP! Me chamo Tobias e fiquei encarregado de falar sobre games e quadrinhos aqui no POPCAT. Para dar início a essa jornada decidi começar contando a história do mais importante super-herói de todos, o Superman. E aí, vamos embarcar nesta viagem pela história?!

Durante o início do século XX, as indústrias começaram a crescer e a lucrar devido a estratégia americana de exportar produtos em formato de empréstimo aos países afetados pela guerra, no caso, afetados pela 1ª Guerra Mundial. No entanto, logo que os países se reergueram, cortaram as exportações e quitaram suas dúvidas com os EUA, mas já era moda o “American way of life”. Mesmo com a medida tomada dos outros países em não exportar mais, os EUA e suas indústrias mantiveram produções em massa, era a moda, e acabou faltando um olhar econômico da regra básica de oferta e demanda. Então aconteceu a quebra da Bolsa de New York, em 1929, gerando uma alta taxa de desemprego por conta das demissões em massa, as indústrias quebraram, gerou fome,
já que a população não tinha dinheiro para comprar comida, um período doloroso na
história.

Neste momento você deve estar pensando: “Ok, toda essa história eu conheço, mas o que isto tem haver com a criação do Superman?”. Bem para entendermos quais foram as motivações do roteirista Jerry Siegel e o desenhista Joe Shuster, precisamos reconhecer o período histórico em que viviam os dois amigos.


“São tempos sombrios, não há como negar”,  empresários iam à falência da noite para o dia, o índice de criminalidade só aumentava e a esperança de dias melhores se tornou uma vaga lembrança na vida daqueles americanos. Dentro dessa realidade, Jerry e Joe decidiram criar uma revista independente a “Science Fiction: The advanced guard of future civilization” e em sua terceira edição foi onde ocorreu a aparição de um super-homem, a história contava sobre um mendigo chamado Bill Dunn que aceitou se submeter a experimentos com elementos químicos alienígenas, feitos por um cientista em troca de comida e roupas (um reflexo da sociedade norte-americana daquela época), resultou nas capacidades mentais aguçadas de Bill e a habilidade de controlar a mente das pessoas. Ele usou esse seu poder para cometer pequenos crimes e começou a arquitetar um plano para se tornar o governante do mundo, mas para seu azar, os efeitos químicos passaram e ele voltou a ser somente mais um mendigo dentre tantos outros.


Após essa edição, Siegel e Shuster começaram a reformular o personagem e em uma noite Jerry Siegel começou a ter “pesadelos”, neles via um ser que tinha poder, inteligência e uma super força, alguém que os valentões de sua época de escola não seriam capazes de amedrontar. Quando acordou na manhã seguinte, teve a ideia, Superman não podia ser um vilão, ele deveria ser um herói e a partir disso os amigos começaram a conversar para desenvolver mais o personagem a fim de torná-lo o mais poderoso e admirável. Como Joe Shuster era um grande fã de halterofilismo decidiu pôr alguns traços inspirados no esporte, até que chegou o veredito da aparência dele e registrou no seu diário.










Então assim se tornou um alienígena que teve seu planeta explodido, mas antes disso, seus pais o
colocaram em uma nave que veio parar na Terra e foi encontrado e criado por um casal de fazendeiros de Smallville. Quando mais velho se tornou jornalista na cidade grande chamada Metrópolis e onde secretamente ele combateria o crime como um super-herói. Com essa ideia consolidada, a dupla começou a tentar vender as histórias do personagem para as editoras de quadrinhos e essa procura demorou 6 anos, até que em 1938 o editor Vin Sullivan resolveu dar uma chance a ideia e colocou o personagem na Action Comics #1, a nova revista de aventuras que qualquer criança poderia comprar por apenas 10 centavos, na época, e que se tornaria a revista mais importante do mundo. A partir dessa revista, o Superman fez sucesso instantaneamente e com isso as crianças e adolescentes norte-americanas recuperaram a esperança que os EUA havia perdido. Alguém forte, indestrutível, alguém que se importava, mas também alguém como eles, que trabalhava como repórter e não era notado, a grande verdade é que Clark Kent tornou Superman acessível. Depois desse sucesso, todos os editores de quadrinhos começaram a criar seus próprios super-heróis e foi assim que teve início a febre de heróis e assim foi a história da criação do maior símbolo de esperança da nona arte.





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