AVISO, CONTÊM SPOILERS!
Se você ainda não assistiu, pare aqui mesmo 🤚
Um dos filmes mais aguardados de 2021, chega abalando as estruturas dos fãs da ficção cientifica.
Duna, a nova produção de Denis Villeneuve (A chegada, Blade Runner 2049), é uma adaptação do primeiro um clássico da série de 5 livros do universo de Frank Herbert.
Com estrelas bem conhecidas de Hollywood como Timothée Chalamet, Zendaya, Oscar Isaac, Javier Barden, entre outros, a obra arrecadou US$ 76 milhões em escala mundial e aprovação de 89% no Rotten Tomatoes.
Na nova adaptação, acompanhamos a história do jovem Paul Atreides (Timothée Chalamet), cuja famÃlia administra o planeta Arrakis (conhecido pela população como "Duna"). Esse Planeta, possui uma especiaria rarÃssima e valiosa do universo chamada "Melange" usada para estender a vida humana, chegar a velocidade da luz e garantir poderes sobrehumanos.
Por isso, há uma conspiração que está se formando contra os Atreides partindo de uma famÃlia rival conhecida como Harkonnens, que disputam a administração de Duna desencadeando traições e o destino do planeta se encontra em jogo. Mas o próprio Paul, pode estar no centro de uma profecia há muito tempo e que ele ainda não compreende.
Ao decorrer narrativa, o Planeta passa por mais de dez mil anos, até chegarmos no ano de 10.191 após o Jihad Butleriano — evento que não é explicado no filme, mas foi o que foi causou uma guerra entre humanidade e a tecnologia provocando a destruição de robôs inteligentes e qualquer Inteligência artificial (IA) em Duna.
O roteiro consegue trabalhar de forma mediana com diversos diálogos interessantes carregados de simbologias, já a direção de fotografia tenta trazer as caracterÃsticas do local que ainda com cores apagadas, são bem predominantes do Oriente Médio, como descrito no livro.
Apesar de ser uma ótima trama, ela apresenta falhas de roteiro e isso é presente em como a história parece confusa por mostrar muitas informações de uma forma arrastada, o que pode desanimar alguns telespectadores.
Mas esses deslizes não importam tanto se comparado as atuações impecáveis dos atores que deram o melhor, principalmente Chalamet.
Embora muitos se frustrem do pouco tempo de tela para Zendaya, essa foi uma escolha decidida com um propósito.
Na saga, a história de Chani ( Zendaya) é explorada apenas no terceiro livro e o próprio Denis comentou que seria um sonho produzir toda a saga, mas claro, respeitando o desenvolvimento da cada personagem por isso, eles colocaram pouco de tempo a ela justamente para nos apresentar a personagem além de seu vÃnculo com o protagonista.
Segundo a visão de Paul, podemos esperar nos próximos filmes, seu relacionamento com Chani e talvez quem sabe uma traição, já que existe uma cena onde a mesma o esfaqueia e após um beijo.
O cineasta consegue pegar tudo a seu favor e explorar bem o que faz trazendo uma vibe futurista e pós-apocalÃptica. De forma técnica, a estética é indescritÃvel o que gera até possÃveis chances de ser indicado ao Oscar não só pelo filme de renome como direção de arte e figurino, porém a fraca narrativa deixa muito a desejar.
Confira o trailer completo: