O Esquadrão Suicida (2021) está entre nós e antes de tudo preciso dizer, realmente esse longa não se parece em nada com o que James Gunn fez em ‘Guardiões da Galáxia’.
Antes de iniciar essa review, preciso te informar que não conterá nenhum spoiler para que sua experiência ao assistir ao filme não seja prejudicada.
Vale ressaltar também que esse texto reflete somente minha opinião e não de toda a equipe do POP Cat.
Sinopse:
Como toda boa história do Esquadrão Suicida, vemos o grupo de criminosos disfuncionais, formados por Amanda Waller para fazer o trabalho sujo do governo americano, sem que o nome do mesmo esteja diretamente relacionado.
Nesse caso, o grupo vem até uma ilha na américa latina para derrubar um suposto golpe militar, ao qual o governo norte-americano não apoia, mas os segredos guardados além dessa missão dada é o grande foque.
Crítica:
Que James Gunn sabe trabalhar um grupo de pessoas totalmente disfuncional, não é surpresa para ninguém e isso fica ainda mais evidente aqui.
O tempo de tela de cada um dos personagens, assim como seu desenvolvimento, entra em perfeita harmonia com o tom caótico do longa.
Sei que minha fala anterior parece um tanto confusa mas a ideia é bem executada e você consegue facilmente se conectar aos personagens ali, se sentindo quase como um membro extra da equipe de “apoio” de Amanda Waller, mas seu único papel é observar aquelas pessoas.
Não só o roteiro ajuda muito os personagens, mas com a atuação de cada um ali presente, que verdadeiramente se entregou aos seus papéis e conseguem entregar uma atuação que beira o impecável.
Como é bom ver Margot Robbie se entregando totalmente a Arlequina, mas dessa vez sem sua extrema dependência do Coringa, caminho que se iniciou em ‘Aves de Rapina’, e agora demonstra um verdadeiro amadurecimento da personagem.
Fora seus momentos lúdicos, passando até mesmo uma sensação de vulnerabilidade, sendo substituídos por um olhar de psicopata em pouquíssimo tempo.
Não só a Arlequina brilha, mas também o Tubarão-Rei que trás consigo a inocência e um enorme carisma consigo, tirando boas risadas.
Falando em risadas… as piadas tem um excelente timing, o que acrescenta ainda mais o teor cômico do longa.
O abraço da cafonice dos quadrinhos é outro ponto a se destacar! As cores vibrantes de Starro, juntamente ao figurino presente, principalmente do Pacificador (John Cena), traz um grande espetáculo aos olhos.
Optar por filmes desconexos, sem ter um universo compartilhado, foi uma das melhores escolhas da DC Films nos últimos tempos, pois a falta de compromisso com isso dá a liberdade criativa necessária..
O descompromisso nesse caso é libertador, James Gunn consegue entregar um filme caótico mas cativante e extremamente divertido.
A Warner, ao que tudo indica, voltou a dar a liberdade para os cineastas contratados e acredito que isso está acontecendo cada vez mais no futuro dos filmes da DC e, graças a isso o nome ‘O Esquadrão Suicida’ começa a ganhar um espaço de prestígio.