LIVRO X FILME: A Máquina do Tempo




E aí nerds, tudo certo? Eu me chamo Suzana e nessa quarentena descobri que o único herói da Marvel que eu gosto é o Capitão América, eu serei a responsável pela literatura no POPCAT e talvez um pouco mais? De qualquer forma, sejam bem-vindos e vamos ao que interessa.

Livro X Filme
Qual a sua definição para boa adaptação? Ctrl C + Ctrl V da obra? Bom, na minha visão de consumidora, a essência da obra é que deve ser mantida, e é esse o caso de A Máquina do Tempo do H. G. Wells.


Enredo
O livro foi lançado em 1895 e conta a história de um cientista que já imaginava uma teoria que mais tarde ficou conhecida como relatividade (não, o protagonista não é Eistein), e a partir disso ele elabora uma máquina do tempo que depois de quase pronta ele usa para sua primeira viagem ao futuro. Ele então chega no ano de 802.701 d. C. e devido ao encanto com a evolução da espécie humana, perde a máquina do tempo e precisa urgentemente recuperá-la.
Existem duas adaptações cinematográficas, mas a mais recente, de 2002, foi dirigida pelo bisneto do autor e sem dúvidas recebeu um carinho especial. No elenco temos Guy Pearce como o viajante do tempo e Jeremy Irons como rival do protagonista, líder dos Morlocks. No filme, o cientista Alexander Hartdegen perdeu sua noiva e aprimora uma ideia já existente de máquina do tempo, e com ela pronta (a teoria e a máquina), retorna ao passado para impedir a morte de sua noiva. Visto que não adiantaria seus esforços para salvá-la, ele vai ao futuro, acaba conhecendo a evolução da espécie humana e tem sua máquina do tempo roubada, partindo então numa busca para recuperá-la.

As mudanças
As diferenças iniciais do livro e do filme são a identidade do protagonista, no livro ele não tem nome e nunca foi mencionado se tinha alguma namorada, noiva, esposa e, consequentemente nunca esteve no passado. Mas tais mudanças não prejudicam a obra, só incrementam.
Vale mencionar também que o livro não é narrado pelo protagonista, e sim por um amigo dele, mais tarde fica claro o motivo.
A espécie humana é dividida em dois tipos, os da superfície chamados Elois e os do subterrâneo, chamados Morlocks. Existe uma diferença de caracterização dos Elois no filme mas nada também que incomode, na verdade, é até mais interessante que o descrito no livro. Quanto aos Morlocks, pouco foram explorados no livro e no filme, com esse gancho, elaboraram uma boa trama e apavorante.
Também no filme é criada uma história romântica entre o Alexander uma Eloi, há uma situação parecida no livro mas o envolvimento no filme foi muito mais coerente, a nova caracterização do tipo novo de humanos foi a peça chave para o romance funcionar.
A conclusão do filme é condizente com a trama, foi um bom final para a história que se desenrolou, o viajante fica no futuro e ajuda os Eloi a resolverem seus problemas com os Morlocks, e o fim do livro, bom, o viajante retorna ao século XIX para contar sua viagem. E devido a descrença, volta ao futuro munido com uma câmera, alega que trará registros e nunca mais volta.

Mas afinal, por que pode ser uma boa adaptação? Onde a essência foi mantida?
Então, o livro apenas nos leva até um futuro, uma possibilidade de futuro e lá, e nos apresenta esse futuro a partir da aventura de um cientista. No filme, adivinhem? O mesmo acontece, com uma aventura mais complexa. As narrativas, literária e audiovisuais precisavam dessas alterações, pelo menos algumas, devido a distância temporal de lançamento e ao público-alvo, mas foi respeitada a premissa da história.
São obras que vale a pena conferir e se divertir, são leves e curtas, e também uma porta de entrada perfeita para quem não está adaptado ao Sci-Fi.

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